Queridos irmãos,
Como já havíamos sido alertados durante
alguns trabalhos e, ainda somos, é preciso ter consciência do destino de
nosso planeta e, de uma vez por todas, ter em mente que somos
responsáveis por ele, seu futuro e nosso também. No Jornal Folha
Espírita de Maio de 2011 (nº439), sob autoria de Marlene Nobre, foi
publicada a entrevista feita em 1986 com Chico Xavier por Geraldo Lemos
Neto, fundador da casa de Chico Xavier em Pedro Leopoldo (MG), onde
Chico faz revelações a respeito do futuro de nosso planeta. Será mera
coincidência ou o caminho que nos esta sendo ensinado fazte deste
processo? Eu os convido a leitura.
“ O tema da transformação da Terra de
mundo de expiação e provas para mundo de regeneração, levantado pelo
próprio codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, sempre
interessou e intrigou Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico
Xavier, de Pedro Leopoldo (MG).
Com 19 anos de idade, já tendo lido e
estudado toda a obra de Kardec, conheceu o médium Chico Xavier, amigo da
família desde os tempos de sua meninice em Pedro Leopoldo. “Naquela
época, como já havia ouvido inúmeros casos relativos a sua mediunidade e
caridade para com o próximo, tinha muita vontade de conhecê-lo e
ouvi-lo pessoalmente, o que de fato ocorreu em outubro de 1981, em São
Paulo”, lembra Lemos Neto. A partir daquele primeiro encontro, uma
grande afinidade os ligou, conforme conta, o que fez com que o também
fundador da Editora Vinha de Luz o visitasse regularmente em Uberaba
(MG), acompanhado de familiares.
Em 1984 Lemos Neto casou-se com Eliana,
irmã de Vivaldo da Cunha Borges, que morava com Chico Xavier desde 1968 e
diagramava todos os seus livros. A partir de então, passou a desfrutar
de uma intimidade maior com Chico em Uberaba, visitando-o com mais
frequência e hospedando-se em sua residência. “Posso dizer que essa
época foi para meu coração um verdadeiro tesouro dos céus. Recordo-me
até hoje daqueles anos de convivência amorosa e instrutiva na companhia
do sábio médium e amigo com profunda gratidão a Deus, que me permitiu
semelhante concessão por acréscimo de Sua Misericórdia Infinita. Assim,
tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando
com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de
nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes
acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus”, recorda.
Um desses temas, como lembra Lemos Neto,
foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. “Sempre me assombrei
com o tema, relatando a Chico Xavier minha dificuldade de entender o
livro sagrado escrito pela mediunidade de João Evangelista. Desde então,
em nossos colóquios, Chico Xavier tinha sempre uma ou outra palavra
esclarecedora sobre o assunto, pontuando esse ou aquele versículo e
fazendo-me compreender, aos poucos, o momento de transição pelo qual
passa o nosso orbe planetário, a caminho da regeneração”, afirma. Foi em
uma dessas conversas habituais, lembrando o livro de sua psicografia,
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, escrito pelo espírito
Humberto de Campos, que Lemos Neto externou ao médium sua dúvida quanto
ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da
década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a
fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e
econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.
“Lembro-me, como hoje, a expressão
surpresa do Chico me respondendo: ‘Ora, Geraldinho, você está querendo
privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho,
que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e
necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e
perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais
próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de
que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu
o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a
Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um
dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício
para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!’”, esclareceu.
Sobre essas e outras revelações feitas a
ele por Chico Xavier sobre fatos relacionados ao ano em que se dará a
grande transformação do nosso planeta, Lemos Neto fala mais abaixo:
Olhar Espírita – No livro A
Caminho da Luz, nosso benfeitor Emmanuel já havia previsto que no século
XX haveria mais uma reunião dos Espíritos Puros e Eleitos do Senhor, a
fim de decidirem quanto aos destinos da Terra. A reunião aconteceu e a
ela compareceram Chico e Emmanuel – os missionários que trabalham
abnegadamente, por séculos a fio, em favor da renovação humana. Quais os
resultados dessa reunião?
Geraldo Lemos Neto – Na
sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria
exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a
prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como
se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo,
retornou para dizer-nos:
“Você se lembra, Geraldinho, do livro de
Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa de nosso
benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes
Transições? Nele, Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e
esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências
angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e
que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera
terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a
nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do
nosso mundo. Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou
informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o
homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do
mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por
seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar
até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969. Naquela
ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus
Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema
Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de
nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos
diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao
final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma
última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual
civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para
acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela
Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance
de progresso moral. O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e
no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo,
como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última
hora.”
FE – Como você reagiu diante da descrição do que acontecera nessa reunião nas Altas Esferas?
Geraldinho –
Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico Xavier,
perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me
respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à
sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto,
afindar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários
celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os
povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós
ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema
Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período. Algumas
potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a
dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria,
resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da
vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais
desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem
umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se
lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria
evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação
do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de
50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando
uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim
admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em
regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se
darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender
a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”.
FE – Quais são os acontecimentos que podemos prever com essas revelações para a Terra?
Geraldinho – Perguntei,
então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: “Nós
alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a
solução para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a
descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação
genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total
acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também
os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão
expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando
conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao
nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar
aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas,
possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já
partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo,
uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os
destinos de nosso planeta.”
Foi então que, fazendo as vezes de
advogado do diabo, perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado
apenas da melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre
permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se
acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear?
“Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz
caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequências
imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os
auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos
homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria
terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra
cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com
terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) consequentes;
veríamos a explosão de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos
arrasadores que avassalariam os polos do globo com trágicos resultados
para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as
cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam
por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo
terrestre.”
Geraldinho – O que aconteceria especificamente com o Brasil?
No que Chico respondeu: “em todas as duas
situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de
espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação
crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a
comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de
matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o
descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobras
uma das maiores empresas do mundo”.
E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a
passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá
como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário
internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui
tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das
outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o
Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos
migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o
Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu
papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o
perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes. A Nova Era
da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu
esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário
mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades,
forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos”.
FE – Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios seriam pacíficos?
Geraldinho Infelizmente
não. Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por
decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí
obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul
da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e
divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é
que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira
fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora
invasores a “mano militare”, não deixariam de estar sobrecarregados e
aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes
telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos
irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.
Neste ponto da conversa, Chico fez uma
pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil como o conhecemos hoje
será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente
uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos
brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás e ao
Distrito Federal. Os norteamericanos, canadenses e mexicanos ocuparão os
Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a
Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil
unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente
chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em
conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do
Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não
podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua
ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que
aprender com os povos invasores. Vejamos, por exemplo: os
norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao
direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral,
poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à
história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas
mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos
anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros,
ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de
espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e
amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na
grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e
demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior,
testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e
nobre da mediunidade com Jesus”.
FE – O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra?
Geraldinho –
Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e
sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas
zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por
aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte
do planeta.
FE – Por tudo que se depreende da
fala de Chico Xavier, você também crê que a ida do homem à Lua, em
julho de 1969, tenha precipitado de certa forma a preocupação com as
conquistas científicas dos humanos, que poderiam colocar em risco o
equilíbrio do Sistema Solar?
Geraldinho – Sim, creio
que a revelação de Chico Xavier a respeito traz, nas entrelinhas, essa
preocupação celeste quanto às possíveis interferências dos humanos
terráqueos nos destinos do equilíbrio planetário em nosso Sistema Solar.
Pelo que Chico Xavier falou, alguns dos seres angélicos de outros orbes
planetários não estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50
anos, que vencerá daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas
nefastas e perniciosas influências. Essa última hora bem que poderia ser
por nós considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo
em nosso favor, uma vez que, pela explicação de Chico Xavier, foi ele,
Nosso Senhor, quem advogou em favor de nossa causa, ainda uma vez mais.
FE – A reunião da comunidade celeste teria decidido algo mais, segundo a exposição de Chico Xavier?
Geraldinho – Sim. Outra
decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou
que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos
empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para
reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data,
equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos
mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de
múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a
mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e
nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria
reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel,
que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos
mais próximos, exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado
aqui no coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na
evolução espiritual de nosso Orbe.
Todos os demais espíritos, recalcitrantes
no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à
reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas
aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio
do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua
insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento
desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo
degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou
Quírom.
FE – Praticamente só nos restam
oito anos pela frente. Emmanuel fala na entrevista da década de 1950, já
publicada nestas páginas, que é urgente a transformação moral da
humanidade. Qual deve ser a nossa conduta frente a revelações tão
assustadoras e ao conselho do mentor?
Geraldinho – Então,
caríssima Marlene, a última hora está de fato aí demonstrada. Basta
termos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, segundo a assertiva de Jesus. É
a nossa última chance, é a última hora… Não há mais tempo para o
materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou
seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos nas
sombras de nossa própria ignorância. Que será de nós? A resposta está
em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo. É a nossa escolha de
hoje que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo melhor caminho,
o da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração chegará para
nós de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente
escolher o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos
um longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos,
segundo Chico Xavier. Entretanto, sejamos otimistas. Lembremo-nos que
deste período de 50 anos já se passaram 42 anos em que as nações mais
desenvolvidas e responsáveis do planeta conseguiram se suportar umas às
outras sem se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. Essa era a
pré-condição imposta por Jesus. Até aqui seguimos bem, embora entre
trancos e barrancos. Faltam-nos hoje apenas o percurso da última milha,
os últimos oito anos deste período de exceção e misericórdia do
Altíssimo. Oxalá prossigamos na melhor companhia!
Como poderemos facilmente concluir, tudo
dependerá, em última análise, de nossas próprias escolhas, enquanto
entidades individuais ou coletivas, para nosso progresso e ascensão
espiritual. É o “A cada um será dado segundo as suas próprias obras!”
que o Cristo nos ensinou.
Não estamos entregues à fatalidade nem
predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do
destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra.
Temos diante de nós dois caminhos a seguir. O caminho do amor e da
sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva. O
caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de
séculos na reconstrução material e espiritual de nossas coletividades.
Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e
coletivas. Oremos muito para que os Benfeitores da Vida Maior continuem a
nos ajudar e incentivar a seguir pelo Caminho da Verdade e da Vida. O
próprio espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma
entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas
aos homens para não serem cumpridas. São na realidade um grande aviso
espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior
caminho. “
Previsões já concretizadas
Algumas das previsões de Chico Xavier já
se concretizaram. Depois de 1969, o Brasil começou um grande surto
desenvolvimentista, vindo depois a democratizar-se sem traumas
sangrentos, fazendo a transição de forma pacífica e ordenada. A Europa,
antes dividida em nações antagônicas, passou a considerar a
possibilidade de uma união mais ampla, acabando por consolidar a efetiva
existência da União Europeia como um mercado comum econômica e
politicamente falando, chegando, inclusive, a lançar uma moeda única, em
substituição às antigas, que é o Euro de hoje. Depois de 1969, a Guerra
Fria arrefeceu-se; caiu a cortina de ferro da Europa Oriental;
derrubou-se o Muro de Berlim; ruiu a antiga URSS como resultado da
Perestroika para o surgimento de uma nova Rússia mais livre, juntamente a
outras novas nações associadas. O grande surto desenvolvimentista da
China e dos países chamados tigres asiáticos certamente vem colaborando
para a união e maior interação entre povos distantes.
O Brasil abriu-se também para o mundo,
estabilizou sua economia, lançou uma moeda forte, o Real, cresceu
economicamente e descobriu vastas reservas petrolíferas, tornando-se uma
nação mais importante no cenário internacional, assumindo novas
responsabilidades no progresso das nações. Hoje o mundo está muito mais
consciente das responsabilidades ambientais, e grandes movimentos
globais nesse sentido já surgiram como o Protocolo de Kyoto. As ciências
avançam a passos largos, e os cientistas decodificaram o DNA humano com
inegáveis benefícios para o combate às doenças do corpo físico. As
telecomunicações estreitaram os laços entre os seres e as nações, com a
telefonia celular ao alcance de toda a gente e a internet de banda larga
acelerando o acesso ao conhecimento geral e à liberdade de pensamento.
Grandes movimentos coletivos hoje forçam governantes tirânicos a ceder
espaço às novas democracias. Tudo isso fora previsto por Chico Xavier,
em meados da década de 80, muito antes de efetivamente vir a acontecer.
“Tudo se encaixa como sendo parte de um
retrato mais amplo do trabalho dos benfeitores espirituais da Vida Maior
em favor da paz e da concórdia, do desenvolvimento e da cultura em
escala global. Os emissários do Cristo estão agindo em nosso favor e,
por isso mesmo, não podemos perder a fé na continuidade desse auxílio”,
afirma Lemos Neto. “Isso tudo sem mencionarmos os grandes avisos que a
própria Terra está nos dando. O aquecimento global é um fato. O Jornal
Nacional noticiou há poucos meses que a calota polar do Norte estará
totalmente degelada em meados de 2012, segundo conclusões de renomados
cientistas. Depois do ano 2000 algumas nações têm sofrido tsunamis e
terremotos cada vez mais assustadores, dizimando dezenas de milhares de
vítimas. A média global anterior para terremotos acima de 9.0 pontos na
escala de Richter era de um por década, e nos últimos dez anos nós já
tivemos cinco tremores acima dessa magnitude, sendo dois no espaço de um
ano, o do Chile e o do Japão, mais recentemente. Os avisos aí estão: o
homem terrestre precisa mudar interiormente, e um grande apelo à sua
espiritualização ouve-se por toda parte. Continuemos a confiar em Deus e
em Jesus, Nosso Senhor, que não nos desamparará!”, finaliza.
Fonte: Jornal Folha Espírita – folhaespirita.com.br/v2/index.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário