Orixás na Umbanda

Orixás
(Por Mãe Iassan Ayporê Pery – Livro Umbanda Mitos e Realidades)

Agora que falei um pouco sobre como as forças da natureza atuam, passarei a uma pequena explanação destas mesmas forças atuando a nível de terra, ou seja, nos terreiros de Umbanda e em nossas vidas por acreditar firmemente que o que precisamos compreender primeiro é o que vemos e sentimos, depois como manipulados e finalmente, compreendermos Orixá ao nível de Astral Superior.
A Umbanda por ter origem e influência africanista e indígena, têm como referência antiga o sincretismo[1] religioso, em que os santos católicos foram associados aos Orixás africanos. Essa associação foi feita pelos negros escravizados objetivando disfarçar o seu culto aos Orixás.
Nosso país tem dimensões continentais e ao observarmos o significado da palavra sincretismo, entenderemos porque ele varia tanto de região para região.
Uma vez que a minha vivência acontece no Estado do Rio de Janeiro (Mãe Iassan Ayporê Pery), quando estiver falando em sincretismo, estarei me referindo ao que ocorreu e ocorre aqui.
A Umbanda não é regida e nem se fundamenta em lendas de Orixás. Portanto, não serão encontradas aqui lendas, pois elas pertencem a outras formas de culto aos Orixás.
Essa é uma das principais diferenças entre a Umbanda e o Candomblé; aliás, ousaria dizer que Umbanda e Candomblé guardam mais diferenças do que semelhanças, a começar pela interpretação de Orixá.
De semelhante encontramos os nomes de alguns Orixás, algumas saudações de Orixá, e um termo ou outro, afinal ambos têm a mesma origem, entretanto as semelhanças param por aí.
Ritualística e fundamento são absolutamente distintos e independentes. Que fique muito claro que são, portanto, religiões absolutamente distintas.
Quando estiver falando em características básicas dos regidos por cada Orixá, estarei falando de maneira geral, visando a compreensão da manifestação maior do Orixá em nível de terra.

Características Básicas dos Orixás

Oxosse


Alguns podem estar estranhando essa forma de grafia do nome do Orixá. Além dessa ainda encontramos Oxoci e Oxosse. Escolha a que melhor lhe convier ou lhe for mais simpática. Mais importante do que saber como se escreve o nome é saber quem é o Orixá.
Oxoce é representado pela energia que irradia das matas, tendo absorvido do Candomblé também o Orixá Ossanha ou Ossãe (Orixá das folhas), representado na Umbanda pela linha da Jurema.
Oxoce é o Orixá da saúde, da cura através das ervas e da irradiação de sua força. A sua cor é o verde (todos os tons que variarão de acordo com a origem do Caboclo). O dia da semana dedicado a Oxoce é a quinta-feira, por ter sido associado a ele o planeta Júpiter[2], que rege a quinta-feira, e é o planeta da expansão.
O seu elemento é terra. Por que é de onde brotam os vegetais de Oxoce.
É o Orixá da vitalidade, da energia vital (ligada à saúde), farmacopéia, nutrição. É o caçador do Axé (força).
Representado na Umbanda pelos Caboclos e Caboclas que se desdobram em várias sub-linhas conforme o outro Orixá que estará trabalhando conjugado. Exemplo, a linha de Caboclos que trabalham com as águas, ou seja, resultado da conjugação de Oxoce com Oxum ou com Iemanjá, mas são Caboclos de Oxoce trabalhando em harmonia com as águas: Cabocla Yara, Cabocla Jupyra, Caboclo da Cachoeira, Caboclo do Mar, etc. Valendo lembrar que poderão também apresentarem-se em gira de terreiro tanto na hora da invocação a Oxoce quanto na hora de Oxum ou Iemanjá.
Outro exemplo é a linha de Caboclo Bugre e a de Caboclos Flecheiros que são Caboclos de Oxoce trabalhando em harmonia com Omulu, em níveis de conjugação diferentes.
Por ter sido sincretizado, no Rio de Janeiro, com o Santo Católico São Sebastião, tem o seu dia comemorado em 20 de janeiro.
Saudação: Okê Bamba O’Clima, Okê Caboclo ou Oke Aro; onde: Okê Bamba O'Clima - = gritar; Okê = aquele que grita; Bamba - Valente (valentia) o'clima = acima ou de cima.
 Okê Caboclo = Seria basicamente uma corruptela do anterior e significa por conseqüência: Salve o Caboclo que grita.
Okê Arô! = Okê = aquele que grita, Arô é um título de honra, uma autoridade. Portanto Okê Arô seria a “autoridade que fala mais alto”.
A Orixá de equilíbrio de Oxoce é Oxum, pois é através das águas da Oxum que os vegetais de Oxoce podem germinar e crescer.
Características básicas dos regidos por Oxoce: são pessoas meio fechadas, que gostam de viver no seu próprio meio ou grupo, pois é onde realmente se sentem à vontade. Gostam de contemplar a natureza. Geralmente são pessoas desconfiadas, mas que quando confiam são amigos fiéis.

Ogum


Orixá da energia, ligada à atitude, perseverança, persistência, tenacidade, renascimento (no sentido de capacidade de se reerguer).
Orixá vencedor de demanda. Ogum é a energia da luta pela sobrevivência, e não apenas nas situações de conquista.
Em que isto está associado à força da natureza? Dando um exemplo: a força que um vegetal faz para nascer, romper a terra e brotar e crescer, a esta força damos o nome de Ogum. A força do coração batendo, e pulsando o sangue pelo nosso corpo. São forças que naturalmente se processam.
Atuando essa força nos diferentes reinos da natureza encontramos os desdobramentos[3] de Ogum.
Orixá sem reino específico, mas que atua na defesa e revitalização de todos os reinos em função da sua especialidade.
A Energia de Ogum está em todos os lugares.
O dia na semana dedicado a Ogum é a terça-feira por ter sido associado a ele o planeta Marte[4], que rege a terça-feira e é o planeta da energia de ação.
A sua cor básica é a vermelha, e o seu elemento é o fogo.
O seu dia é comemorado em 23 de abril por ter sido sincretizado com São Jorge, no Rio de Janeiro.
O Orixá de equilíbrio de Ogum é Iemanjá, porque Iemanjá é a acomodação, a tranquilidade e Ogum a tenacidade e a luta.
 Desdobramentos de Ogum, ou seja, a energia de luta, de conquista, de vitória, de sobrevivência, vibrando ou cruzando em harmonia com os demais Orixás. Do cruzamento vibratório de Ogum com os demais Orixás “nascem” ou “surgem” os seguintes Chefes de Linha:
Ø     Ogum Megê – cores: vermelho, branco e preto. Trabalha em harmonia com Omulu, na entrada da calunga pequena (cemitério), e também em todo trabalho que envolva a energia da terra (Omulu) e combate a baixa magia. Está presente nos assuntos atinentes a desmanche de magia. Associação dos elementos fogo e terra.
Ø     Ogum Rompe Mato – cores: vermelho e verde. Trabalha em harmonia absoluta com Oxoce, na entrada da Mata. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos pertinentes a coisas de solução rápida, revigorantes e de conquistas de espaço de maneira geral. Podendo ser cultuado tanto na terça-feira, dia de Ogum, quanto na quinta-feira, dia de Oxoce.
Sincretizado com Santo Expedito pode ser comemorado no dia 19 de abril. Associação dos elementos fogo e terra.
Ø     Ogum Beira-mar – cor: coral. Trabalha na orla marítima em harmonia com Iansã e Iemanjá. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquista material e de fortuna. Associação dos elementos fogo, água e ar.
Ø     Ogum Iara – cores: azul claro e vermelho. Trabalha na cachoeira em harmonia com Oxum. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a conquistas diplomáticas. Associação dos elementos fogo e água.
Ø     Ogum de Lei – cores: vinho e branco. Trabalha com as Almas em harmonia com Omulu, Oxum, Ogum Iara e principalmente Xangô. Este desdobramento de Ogum está presente nos assuntos atinentes a execução de justiça. Sincretizado com São Miguel das Almas. Associação dos elementos fogo, terra, água e ar.
Saudação: Ogum nhê! Patakori Ogunhê! Onde:
Ogum nhê! = Salve Ogum!
Patakori Ogunhê! Patakori vem de pataki (principal, importante, supremo) + ori (cabeça, coroa) então Salve Ogum o principal da cabeça ou o Cabeça Principal. Ou ainda o senhor que encabeça. Que vem primeiro, na frente.
Características básicas dos regidos por Ogum: geralmente são pessoas persistentes, determinados, perseverantes, que têm “temperamento forte”, não desistem facilmente de nada que tenham se determinado a fazer ou a conquistar. Geralmente são pessoas determinadas e batalhadoras.

Xangô


Orixá da justiça, do discernimento, do conhecimento, do estudo de maneira geral, do método, do equilíbrio de forças ligadas a questões de Justiça e questões burocráticas. Orixá da paz e da religião.
O dia da semana dedicado a Xangô é a quarta-feira, por ter sido associado ao planeta Mercúrio[5], que rege a quarta-feira e é o planeta da energia mental.
Os seus elementos são o ar e a terra, seu reino a pedreira e a força da natureza que o representa é o trovão. Suas cores são o marrom, o cinza (as cores das pedreiras) e ainda o roxo (a cor que o Orixá vibra e irradia, denotando assim grande equilíbrio e sentido de religiosidade).
A Orixá de equilíbrio, ou Orixá par ou ainda complementar, é Iansã; porque enquanto Xangô é o método, Iansã é o pensamento rápido, a flexibilidade.
O seu dia é 30 de setembro por ter sido sincretizado no Rio de Janeiro com São Jerônimo. Entretanto, dependendo do rito, Xangô também é sincretizado com São Pedro, São João e Santo Antônio, mas para nós o que importa verdadeiramente é a vibração de Xangô, pura e simplesmente.
Existem inúmeros desdobramentos de Xangô, mas não estão relacionados somente as combinações de outras forças, mas ao equilíbrio das mesmas (poderíamos ousar afirmar que esta seria a principal função deste Orixá em nível de natureza), assim temos: (citarei alguns desdobramentos de Xangô)
Ø     Xangô Djacutá – regência geral da linha de Xangô (sem sincretismo). Grosso modo seria a própria pedreira. Harmonia com Oxoce.
Ø     Xangô Alafim-Eché – corresponde a São Jerônimo, dia 30 de setembro. A especialidade dos seus enviados reside em auxiliar oradores intelectuais. Este desdobramento consiste na atuação junto a necessidade de fazer cessar as tempestades (atuando como energia refreadora) atuando em harmonia com Iansã.
Ø     Xangô Alufam – corresponde a São Pedro, dia 29 de junho. Encaminhador das almas desencarnadas, atuando juntamente com Omulu na justiça e organização dessa atividade.
Ø     Xangô Agodô – corresponde a São João Batista, dia 24 de junho. Preside as cerimônias de fé e de batismo. Grande auxiliar das intuições puras, atuando harmoniosamente com Oxum.
Ø     Xangô Aganju – corresponde a São José, dia 19 de março. Protetor dos lares e da harmonia conjugal atuando harmoniosamente com Iemanjá.
Ø     Xangô Abomi – corresponde a Santo Antônio, dia 13 de junho. Esse desdobramento atua principalmente no equilíbrio de raciocínio e método. Evocado com grande êxito nas horas de grande aflição. Atuando em harmonia com Ogum.
Importante ressaltar que as definições ou descrições dos diferentes desdobramentos de Xangô, assim como com os dos demais desdobramentos de cada Orixá, são apresentadas muito mais com objetivos didáticos do que litúrgicos, pois a essência de cada Orixá permanece sempre a mesma em todos os seus desdobramentos e momentos de atuação.
Saudação: Kaô Kabecile! Kaô Kabecile = Salve o Rei (senhor) de Oyó (cidade na África) ou ainda para Pierre Verger: "Venham ver e admirar o Rei."
Características básicas dos regidos por Xangô: pensamento rígido e metódico. Têm grande senso de justiça, são pessoas equilibradas, contidas e reservadas e têm facilidade no estudo, e de concentração.

Omulu



Eis que apresento agora um dos Orixás mais mal-entendido, compreendido e interpretado dentro da Umbanda, chegando ao ponto de haver sido simplesmente excluído por alguns autores de livros sobre Umbanda. O Orixá Omulu.
Existe grande confusão com relação a magnitude deste Orixá onde alguns chegam a confundi-lo com Exu. Isto se deve a capacidade de manipulação magística e transformadora de Omulu, da qual Exu é apenas executor. Além do mais Omulu é Orixá e Exu não é.
Se nenhum outro Orixá existisse, o Orixá Omulu (terra) existiria e o tipo de vida que encontraríamos qual seria? Com isso quero dizer que nenhum Orixá é “auto-suficiente” ou se basta, mas as suas combinações e dinamismo é que nos permitem conhecer a vida como a conhecemos.
É como um grande plano de Deus, que em sua generosidade infinita nos deu a base e as condições para que evoluíssemos e crescêssemos.
De nada adianta a base se não temos as condições e o inverso também é verdadeiro.
Por isso é tão importante que não “desprezemos” nenhum Orixá em nosso culto às forças da natureza.
Sendo a própria terra, onde caminhamos e nos sustentamos, e sendo a terra geradora permanente de vida, encontramos nela a primeira grande magia de Omulu, que é a famosa força da gravidade, que atrai tudo para si, assim como também, as diversas forças dos demais Orixás formando novas conjugações como as já citadas e que citarei ainda.
Os desdobramentos do Orixá Omulu se dão dentro dele mesmo. Observando-se a natureza, vemos isso nos diferentes tipos de solo, que gerarão diferentes combinações de Enviados de Orixás (linhas e sub-linhas de trabalho) em função disto. Um dos desdobramentos mais conhecidos de Omulu é o Orixá Obaluaê e outro são os famosos e queridos Pretos Velhos.
Por seu tipo de energia atrair tudo para si, e sugar as energias negativas transformando-as em positivas, transmutando e transformando tudo que nela (terra) toca e entra é por isso que Ele não “vai” a outros Orixás, mas os outros é que “vem” a Ele.
Por tudo isso é que afirmo que confundir o Orixá Omulu com Exu é no mínimo incoerente, entretanto compreensível, pois para entender Sua Magnitude é preciso exercício mental, e isto poucos estão dispostos a fazer.
Sendo o Orixá que permanece no limite entre vida e morte, também foi associado a saúde e doença. Dentro de uma coerência e lógica, você acha realmente que Deus teria enviado um raio a terra cuja função fosse nos trazer doenças? A sua associação a saúde está justamente em função de ser da terra que brotam as ervas curadoras, mas estas são de Oxoce. Bênçãos de Omulu, sem dúvida, mas pertencem a Oxoce, este sim o Orixá da Cura, da Saúde.
Por outro lado, a função de Omulu junto a área da saúde também se justifica pelo fato de ser ele o absorvedor e transformador de todas as energias negativas geradas e atraídas por qualquer doença em energia curadora, utilizada e manipulada por Oxoce.
Ele é o Senhor da Terra, Mestre da Magia. Energia emanada por Zambi, O Criador para destruir os malefícios gerados pelas doenças ou por qualquer tipo de magia e/ou enfeitiçamento.
É Orixá de transformação energética mágica, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, ou seja, transformador da energia natural (toda energia que seja emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento) e da artificial que é a fabricada através das oferendas. Ele transforma tudo e descarrega para a terra, que transforma e transmuta em energia positiva devolvendo para o astral de forma limpa.
É o único Orixá que trabalha em todas as sessões (giras) mesmo que não tenha sido evocado. Por exemplo, Oxoce descarrega até um certo nível, a partir daí o Senhor da Terra entra em ação, mesmo que não tenha sido invocado. O que reforça a importância da necessidade de nos harmonizarmos com todos os Orixás, pois eles trabalham, atuam e interagem em absoluta e total harmonia o tempo todo.
Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.
Em função de sua característica básica ser de nos trazer a consciência cármica, e ser o Orixá do tempo e da lentidão, o Orixá Omulu foi associado ao planeta Saturno[6], que rege o sábado, e por extensão é o dia em que cultuamos Omulu na Umbanda.
Por ter como elemento a terra e ponto de fixação o Cemitério (Calunga pequena), infelizmente é confundido por muitos com Exu, entretanto trata-se de Orixá de grande luz o qual devemos respeitar profundamente como a todos os outros Orixás. Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Senhor Omulu é o Mestre.
Sincretizado com São Lázaro, chamado o médico dos pobres, tem o seu dia comemorado em 17 de dezembro.
O dia da semana dedicado a Omulu é o sábado, pois foi associado ao planeta Saturno (planeta do tempo, das coisas contidas), que rege este dia.
Saudação: Atotô! = Silêncio! O senhor está na terra!
As suas cores são o preto e o branco em proporções iguais.
Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu ao nosso lado, pois este Orixá está intimamente ligado ao Karma, lembrando-nos sempre que não adianta ficar rezando e pedindo perdão, mas que temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso karma e a forma de fazermos isso é praticando a Caridade. É o Orixá que nos dá a consciência de karma.
Omulu não tem Orixá de equilíbrio ou Orixá par ou complementar. Ele já tem seu próprio equilíbrio. Ele é a terra, a base de tudo. É o Orixá da sustentação e da origem. Ele é o Orixá da terra que entendo como sendo permanente fonte geradora de vida.
Características básicas dos regidos por Omulu: são geralmente pessoas fechadas, que passam por grandes transformações na vida, normalmente ligadas a perdas. São protegidos contra qualquer tipo de magia, principalmente se executam um trabalho de caridade e se estão preocupadas com resgate kármico. A mediunidade é aguçada desde muito jovem. Geralmente possuem uma espécie de necessidade quase que visceral de praticar a caridade.

Oxum



Orixá do sentimento, da harmonia, da concórdia e do equilíbrio emocional. Tem como reino as cachoeiras e rios. Suas enviadas são chamadas de “Senhora das águas doces”. Orixá que protege a criança ainda no ventre materno.
Tem por elemento a água, sua cor é o azul piscina ou Royal, seu dia é 8 de dezembro por ter sido sincretizada com Nossa Senhora Aparecida, e seu dia da semana é segunda-feira por ter sido associada à Lua[7], astro regente do dia, e é o astro da emoção.
Saudação: Ora iê iê ô! = "Salve benevolente mãezinha!"
Em função dos caminhos que as águas doces percorrem, encontramos os seguintes desdobramentos desta Iabá (Orixá feminino) na Umbanda.
Ø     Oxum Iara (ou simplesmente Oxum) – cor azul piscina. Rege as cachoeiras e rios. É a essência da Oxum. Sentimento, amor, concórdia, harmonia e união. Suas águas passam no meio do reino de Omulu (terra), formando assim os rios, por isso ela “carrega” as Almas.
Ø     Oxum Marê – cor azul marinho. Rege o encontro das águas do rio com o mar. São as águas turbulentas. Em termos de significado e tradução para as nossas vidas, é o encontro do passado com o presente, de uma essência com a outra. Provocando a revisão de sentimentos (Oxum), turbulência de sentimentos (choque das duas águas), relacionados a nossa formação familiar (Iemanjá - mar). Trabalha em harmonia com Iemanjá.
Ø     Oxum Diapandá – cor verde água ou verde mar. Rege a superfície das águas salgadas, trabalha em harmonia com Iemanjá. Na sua compreensão de atuação junto a nós é quando após a revolução de sentimentos (Oxum Marê), nos acomodamos na placidez das águas superficiais, sem grande envolvimento de sentimentos profundos, entretanto mais voltados aos sentimentos e aspirações materiais.
Considerada popularmente como sendo somente a Orixá do amor, é na realidade a Orixá do misticismo, do sentimento, da concórdia e harmonia.
Muitos cultuam o Orixá Omulu na segunda-feira em função das Almas, mas lembramos que as águas da Oxum correm onde? Na terra. Que é de quem? Omulu. Com relação a isto, muitos já devem ter observado uma certa sensação melancólica, não chega a ser tristeza, mas uma “emoção”, muitas vezes indescritível, conjugada com a vibração de incorporação de Oxum. Algumas enviadas choram ou vertem água dos seus olhos. Isto tudo se deve ao fato das águas correrem pela terra de Omulu, “carregando” com elas as Almas, das quais Omulu é o Mestre e Senhor, mas que em contato (conjugação) com Oxum, traduzem em nível de terreiro e incorporação, nesta “melancolia” que às vezes sentimos.
Por isso as Almas vibram em segunda vibração na segunda-feira dia de regência da Oxum.
Características dos regidos por Oxum: geralmente são pessoas dóceis, sensíveis e místicas. Costumam ser também muito emotivas, envolvendo-se e preocupando-se com os outros, ás vezes, esquecendo-se até de si mesmas.

Iemanjá



Orixá dos mares e oceanos. Senhora das águas salgadas. Orixá dos bens materiais; grande provedora e mãe. Senhora da Calunga Maior (mar), portanto, grande absorvedora de energias negativas.
Analisando a Orixá Iemanjá e nos reportando ao seu reino o mar, associamos sempre que quem mora perto do mar, nunca morre de fome, não é verdade? Por isso ela é a grande provedora dos bens materiais, a grande mãe, que nos dá o conforto, o alimento, além de ser representada pelo maior de todos os reinos, o mar. Soberania.
Traduz a sua vibração em paz e harmonia. Protetora da família e dos laços familiares (nossomaior bem material).
Desdobramentos de Iemanjá:
Ø     Iemanjá Sobá – soberana das águas salgadas. Sincretizada com N. S. da Glória. (Sobá quer dizer soberana)
Ø     Iemanjá da Guia – trabalha em harmonia com Oxum, assumindo algumas das suas características. Sincretizada com N. S. Auxiliadora.
Ø     Iemanjá da Coroa – trabalha em harmonia com Iemanjá Sobá, sincretizada com Santa Rita de Cássia.
As suas cores são o branco transparente (Iemanjá Sobá ou Iemanjá da Coroa) ou o azul céu (Iemanjá da Guia).
Tem o seu dia comemorado em 15 de agosto por ter sido sincretizada com N. S. da Glória, e o seu dia na semana é sexta-feira por ter sido relacionada a Vênus[8] planeta regente do dia e é o planeta da sensualidade e suavidade.
Saudação: Odoiá ou Odô iá! Odô = Rio; iá (iyá) = mãe, logo Mãe do Rio. Lembrando que na África Iemanjá era Orixá dos Rios.
Características dos regidos por Iemanjá: envolvem-se com dinheiro facilmente (tanto para gastar como para ganhar, quando não têm nenhum, nem de onde tirar, aparece). Geralmente não aparentam a idade que têm (parecem mais novos), têm “espírito maternal” e gostam do poder (Ogum “manda” e Iemanjá “seduz”). Normalmente, são vaidosos com a aparência pessoal. Geralmente tem grande preocupação em manter a família unida.

Iansã


Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, mudanças e mutações ligadas a coisas materiais, enquanto que Omulu é ligado às transformações espirituais e kármicas.
Orixá da fluidez de raciocínio, fluência verbal e tecnologia. Grande guerreira.
É a única Orixá que não se desdobra, pois o Ar não se desdobra, além de em função de sua rapidez, toda a sua manifestação em combinação com qualquer outro Orixá se dá momentaneamente, não chegando a “criar” um desdobramento, que se manifeste em nível de terra ou terreiro.
Tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro por ter sido sincretizada no Rio de Janeiro com Santa Bárbara, e o dia da semana é quarta-feira, porque o Planeta Mercúrio (planeta do intelecto) rege este dia. Sua cor é o amarelo. Tem por elementos o ar, o fogo e a água.
Saudação: Eparrei! - Aquela que corta com o raio.
Características dos regidos por Iansã: geralmente são pessoas que pensam muito rápido e em várias coisas ao mesmo tempo, alteram de humor com facilidade, têm “jogo de cintura”, são flexíveis, têm facilidade de falar e de se comunicar. São pessoas com tendências ao perfeccionismo e apaixonadas pelas causas que se envolvem.
Por fim, analisando a Orixá Iansã, reportemo-nos a seu elemento primeiro o ar, presente em todos os reinos, conjugando-se a todos os Orixás, mas não estabelecendo nenhum desdobramento específico, pois sempre que atua é em nível de mudança, transformação, como energia propulsora e renovadora.
Em nível de manifestação em terra esta Orixá está diretamente relacionada ao intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta, pois Xangô é de energia refreadora. Em termos práticos, Xangô coloca o método no pensamento de Iansã. Conseqüentemente, esta Iabá está diretamente ligada aos avanços tecnológicos, e não apenas as mudanças climáticas.
Isto posto, lembramos mais uma vez que todos os Orixás trabalham em harmonia, conjugando-se, portanto eles vibram em todos os dias da semana.
Tudo que foi exposto tem objetivo apenas didático e visando dar melhor compreensão e apoio, nos momentos preceituais e de meditação. Meditar em cima do que compreendemos e sabemos o porque, facilita em muito o alcance de nossos objetivos. Lembro ainda que a coerência e o sentimento elevado devem ser seu mestre e guia.
O que podemos compreender de tudo acima exposto é que os Orixás (ou a energia dos Orixás), depois de atravessarem os diversos planos e sub-planos e chegarem até nós, apresentam infinitas formas de auxilio, através de suas combinações e desdobramentos, apresentando-se nos terreiros de diversas formas, configurações e nomes.

Algumas das diferentes combinações de Orixás

Como já disse anteriormente, buscarei demonstrar o meu entendimento do que seja Orixá e os seus diferentes modos de atuação, sempre através da observação sistemática da interação das forças e energias presentes na natureza, traduzindo tudo isso para as manifestações em nível de terreiro (incorporação) ou em nível de influência em nossas vidas.
Se pensarmos numa mata, por exemplo, o que os nossos olhos vêem é que ela está “parada” no lugar, mas para que seja exuberante e grande ela está em constante expansão e mudança, num ritmo lento e gradual, sofrendo a ação da fertilidade da terra, da constância dos ventos em espalhar as sementes, na ação do sol para a fotossíntese, enfim, de parada ela não tem nada. Mas seu “movimento” é provocado pela interação de outras forças.
Assim é a energia de Oxoce. Um trabalho constante de surgimento, expansão, crescimento e renovação. A vida se renovando através do trabalho em grupo conjugando infinitas forças.
Encontramos a energia do Orixá Ogum manifestando-se nas matas de Oxoce através do calor do sol, que dará força a energia vital de Oxoce no nascimento dos vegetais, na luta pela sobrevivência dos vegetais que se transformarão em grandes árvores formando a mata. A esta manifestação específica de Ogum em relação a Oxoce, damos o nome de Ogum Rompe Mato, além dela se apresentar também, em nível de terreiro, como Caboclo Rompe Mato ou outro nome que estaria associado ao Orixá Ogum, ou seja, manifestações de luta e bravura, determinação e tenacidade, e principalmente defesa. Enfim, Caboclos de Oxoce em cruzamento vibratório com Ogum.
Encontramos a energia do Orixá Omulu manifestando-se nas matas de Oxoce através da própria terra de onde irão brotar os vegetais, é a própria base da mata. Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através dos Caboclos Flecheiros e Bugres. Que são Caboclos mais voltados para trabalhos de descarga e desmanche de magia.
Encontramos a energia do Orixá Xangô manifestando-se nas matas de Oxoce através das pedreiras e que dão contornos e estabelecem limites na expansão da mata. Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através de Caboclos que se apresentam normalmente carregando em seu nome a palavra “Pedra” ou com características mais voltadas a equilíbrio, estudos, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxoce ou Xangô (dependendo da orientação da Casa).
Encontramos a energia da Orixá Oxum manifestando-se nas matas de Oxoce através da água fertilizadora da terra, auxiliando na expansão e ao mesmo tempo estabelecendo limites e contornos (rios e cascatas).
Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada através de Caboclos e Caboclas com apresentação mais “dócil”, “suave” e mais voltados para cura, manipulação de ervas, etc. Normalmente carregam em seu nome algo do tipo Caboclo “xxx” da Cachoeira, ou Caboclo “xxx” do Rio, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxoce ou Oxum (novamente dependendo da orientação da Casa).
Encontramos a energia da Orixá Iemanjá manifestando-se nas matas de Oxoce próximas ao litoral, ou ainda na própria salinidade do ar, através da função provedora de bens materiais desta Iabá.
Em nível de terreiro encontramos essa combinação representada pelos Caboclos e Caboclas do Mar, da Praia, etc. Muitas vezes se apresentando tanto na hora em que invocamos Oxoce ou Iemanjá (dependendo da orientação da Casa). Também tem função de descarrego e imantação, manipulando desta feita, o elemento água.
Encontramos a energia da Orixá Iansã manifestando-se nas matas de Oxoce através da ação dos ventos e da chuva e da função transformadora desta Iabá. São caboclos e caboclas que também tem como especialidade descarga rápida e transformadora. Geralmente apresentam-se com nomes do tipo Caboclo(a) Ventania, Gira Mundo, etc.
Além, é claro, da conjugação de Oxoce com Ele mesmo, que encontramos os diversos Caboclos, como Tupinambá, Pery, Pena Branca, Cobra Coral, etc.
Busquei através desses exemplos mostrar a facilidade com que os Orixás se combinam, se conjugam e se harmonizam, sem perderem suas essências, mas agregando outras, são todos Caboclos e Caboclas de Oxoce, mas que adquiriram outras características vibratórias em função das diversas combinações das forças da natureza em conseqüência da infinita harmonia da combinação e conjugação de forças dos diversos Orixás.
Uma observação importante a se fazer é que cada vez que um Orixá se desdobra por combinar-se com outro, ele absorve algumas de características do Orixá com o qual se combinou, gerando e atendendo assim outras necessidades nossas, portanto nenhum dos nomes que citei associando aos desdobramentos são “questão fechada”. Poderemos encontrar, por exemplo, o Caboclo Cobra Coral, acima citado como um desdobramento de Oxoce dentro dele mesmo, se manifestando como um Caboclo de Xangô. Citei os nomes visando apenas explicar as diferentes formas de apresentação e prováveis origens, mas lembro ainda, mais uma vez, que o nome em si não deve importar, mas sim a Caridade que a entidade está vindo nos prestar.

Algumas Considerações sobre a Orixá Nanã


Consideramos Nanã a Soberana das Águas, águas originais, o início da vida, a água de mina. Conseqüentemente estando acima das demais Orixás ligadas ao elemento água, não é Orixá Básico, conseqüentemente não é Regente de Ori. As manifestações encontradas em nível de terreiro, são manifestações de uma das três Iabás (Iemanjá, Oxum ou Iansã) em vibração mais “velha”.
Nanã é o momento inicial em que a água brota da terra ou da pedra, a partir do momento que a água corre, já é Oxum. Portanto não compreendemos como “lama” (mistura de água com terra) mas sim como Soberana de Todas as Águas.

Considerações Sobre Lendas dos Orixás

Após essa apresentação de como interpreto e entendo os Orixás, acredito que tenha ficado claro que as lendas dos Orixás africanos não se aplicam sob hipótese alguma a Umbanda. Senão vejamos o seguinte: no panteão dos Orixás africanos existem lendas (itãs) que originaram as famosas “quizilas de santo”, e afirmações sobre as influências determinantes dos Orixás na vida de seus regidos. Isto está certo e se adéqua ao culto do Candomblé, entretanto não se aplica a Umbanda.

Alguns exemplos disto:

· Iansã e Oxum foram casadas com Xangô;
· Iemanjá é mãe de Ogum, Oxoce e Exu;
· Nanã rejeitou Omulu (Obaluaê) e quem o criou foi Iemanjá;
· E tantas outras mais que não cabe aqui enumerar.

Enfim, essas são afirmações geradas em função das lendas do Candomblé, são histórias lindas, sem dúvida, entretanto, elas não se aplicam a Umbanda, que entende que os Orixás nunca encarnaram, e que trabalham harmoniosamente entre sim como bênçãos vindas de Zambi, O Criador.



[1] Sincretismo 1 ato ou fato de se coligarem partes inimigas; conciliação 2 REL. fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos 3 FIL. Síntese, razoavelmente equilibrada, de elementos díspares, originários de diferentes visões do mundo ou de doutrinas filosóficas distintas 4 ANTRPOL SOC fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais.

[2] Farei a partir deste ponto a descrição básica dos planetas justificando assim a associação com os Orixás.
As palavras chaves para o planeta Júpiter são energia expansiva. É um enorme planeta que traz expansão. Tudo cresce com Júpiter. Tudo se engrandece. Tudo chega às máximas dimensões. Com Júpiter, a curva alcança seu ponto mais elevado, é o pico. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era). Continua na próxima página...
Júpiter representa a necessidade de espiritualidade e de religiosidade. Além disso é a extensão e a expansão do instinto primitivo. É o crescimento de qualquer coisa, embora na sua função mais evoluída seja o crescimento do conhecimento e do entendimento. Júpiter simboliza o princípio da expansão na esfera de ação e de experiências na qual a pessoa vive. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)

[3] Na Umbanda usamos o termo desdobramento para caracterizar a fusão de dois ou mais Orixás num determinado momento de manifestação das forças da natureza, sem que se perca o vínculo com o Orixá que primeiro originou esse desdobramento. Significa harmonização de forças e não antagonismo ou separatismo.

[4] As palavras chaves para Marte são energia de ação. O “guerreiro” sai para enfrentar as tarefas da vida com valentia, coragem e decisão. A energia de Marte dá impulso. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).
É a resposta ao estímulo. Sem Marte não seria possível a sobrevivência. E, por isso, também é sexo. Mas como sexo, não pode agir sozinho. Precisa de Vênus. Um é iniciativa, outro é gostar; um é expressão ativa, outro é a experiência de mergulhar. É Marte que obriga as pessoas a competirem, eliminando o mais fraco: duas pessoas não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)

[5] Mercúrio – palavras chaves: Energia mental. A sua energia está associada à atividade mental. Mercúrio se move rápido, tão rápido como os pensamentos. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era). Representa, no ser humano, o pensamento, reflexão, análise e troca de idéias. Se não houvesse Mercúrio, não haveria a mente racional e o homem seria puramente instintivo. É a capacidade de aprender e assimilar suas experiências e achar um meio de comunicá-las por em prática, e também de comunicar seus pensamentos. Tem a natureza dupla do pensamento interior e da comunicação exterior. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)
[6] A palavra chave para o planeta Saturno é concretização. É o planeta dos anéis. Os anéis de Saturno delimitam, estabelecem fronteiras. As fronteiras nos avisam que há um tempo para tudo, nos atam a uma forma, nos contêm, não nos deixam sair. Ele nos trás o silêncio e a concentração. (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).
Saturno é a realidade, mas às vezes pensamos que a realidade é a verdade. Realidade é estrutura e limitação, e precisasse de algo que defina a nossa situação, uma organização que nos dê apoio. Amadurecer e aceitar as responsabilidades, saber claramente quem somos e de que somos capazes, comprometer-se. Exige obediência e disciplina, podendo ser rígido e sem misericórdia. É o pai ditando ordens; a normalidade das pessoas e situações, ser estável. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)
[7] “As palavras chaves para a Lua são energia nutritiva. A característica destacável da Lua é sua qualidade feminina, receptiva. A Lua representa o profundo, o silencioso, o noturno, o aquático.” (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era).
Representa também a emoção, aquilo que está dentro de nós, estruturado, desde cedo. São os reflexos emocionais, os comportamentos automáticos e instantâneos. É o nosso inconsciente, que nos liga a tudo, a todos, a qualquer lugar sem separação: o modo de percepção. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)
[8] Vênus é o planeta que produz o brilho intenso de seu radiante azul-prateado. A energia de Vênus é suave e cálida. Envolvente e magnética. Produz prazer. Tudo se cobre de brilhos refinados com a chegada de Vênus.” (do livro Calendário Cósmico de Stellrius – editora Nova Era). Vênus representa a necessidade de unir opostos, é a atração que une homem e mulher. Além disso, é a união entre as pessoas em geral. Vênus é a necessidade que as pessoas têm de se compromissarem e se completarem, estar junto. Daí pode desenvolver-se a união entre os dois para um relacionamento maiôs de grupo, para qualquer forma de vida com outra pessoa. É companhia, não é solidão. O relacionamento ocorre, então, como uma dependência mútua, ninguém pode viver completamente só. Vênus passa a ser a função de expressar afeto e amor. E a vontade de ser desejada e apreciada e para isso usar seus atributos de atração. (do livro Conhecimento da Astrologia – Manual Completo de Anna Maria Costa Ribeiro)

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